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  • Foto do escritorNando Lima

...antes que vc morra...

...em um futuro (ou será passado?) não muito distante, um construto criado em várias plataformas on-line nos coloca em contato com personas, fatos, fotos, vídeos, histórias em narrativas não lineares que tocam a vida e a arte.


Vários fatos e personagens se entrelaçam para nos cercar de um panorama ágil e complexo, com estruturas que vão para além dos limites em delírios e ficções. Estamos perplexos diante desse universo!




Capítulo 1 - FEAR (O TEATRO DA PAZ)


Personagens :


VerDyny - geek , outsider

Nancy – geek , designer

Jake – executivo da CADE

Ranno Takla – fazendeiro de ervas hidropônicas, pai de Jake

Petrunka Takla 1 – primeira mulher de Ranno Takla

Marizza TaKla 2 – segunda mulher de Ranno Takla mãe de Jake



PRÓLOGO:

Verdyny suspirou diante do prato cheio de esfirras de massa de caranguejo, uma mistura de Árabe e Japa, que ela adorava, gostava de come-las quentinhas, cheirosas, cheiro agridoce, temperadas com as especiarias locais, ervas recém colhidas vindas das fazendas da CADE, os olhos azuis de VerDyny lacrimaram antevendo o gosto: esfirras Ar@j com suco de Manguetão, outra delícia especialmente criada nas fazendas; se sentia um idiota assim olhando pra comida como se isso fosse algo importante, o ato mais banal e esperado da vida, indispensável, desprezível as vezes, basta olhar os restaurantes espalhados pelo centro da City cheios de obesos chiques, sim, comer definitivamente era um ato de dormentes, dormentes era como VerDyny chamava os talentosos que haviam feito fortunas vendendo serviços para a CADE, Dormentes do Trem Magnético , suportando o peso disforme eternamente entre forças opostas porém equilibradas, VerDyny gostava de pensar o quanto ela era inteligente quando criava teorias absurdas sobre pessoas fatos e coisas, unindo tudo num quebra cabeça quase impossível de ser montado por outro ser humano, mais ela falava para deuses, para poucos que ainda mantinham acesa uma gota de polidez e ternura no coração, na verdade ela acreditava que esses eleitos poderiam vir a ser muitos; porém não haviam tomado consciência da sua própria beleza, enterrados que estavam na escuridão do dia a dia e suas auspiciosas técnicas de sobrevivência e guerras de inconsistências. Ela realmente era uma filosofa de olhos arregalados, não precisava dizer a ninguém sobre suas teorias; bastava um frêmito, um jato de vento vindo do buraco das estações de trem para ela ter essa certeza espalhada sobre a pele marrom.

Olhos azuis e pele marrom; comprou e injetou em si mesmo os moduladores de aparência, isso ela tinha que confessar: algumas das coisas de agora eram mesmo irresistíveis...




Continua...

(domingo, dia 09 de outubro de 2022 - próximo post)

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