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Sweet Batata

Nesta performance a questão central é inspirada em Peer Gynt de Henrik Ibsen: “Ser fiel a si mesmo”; Porém hoje, onde existe uma necessidade de transbordamento da imagem pessoal, e a sedução é irresistível às novidades dos pop-ups que brotam nas mil telas que nos rodeiam e capturam nossa anima; Como atualizar esse principio num contexto radicalmente tecnológico? A resposta talvez esteja em aceitar a diversidade e possibilidades exploratórias do conteúdo ao qual estamos expostos; e reenquadrar o antropófago que herdamos. Deglutição ao extremo para alcançar a singularidade, ou unicidade do sujeito, se é que isso é possível.

 

Não estar submisso a melhor forma de contar uma história. Aqui a própria ação é que transmite a essência e desencadeia entre sugestões (aceitas ou não pelo espectador) as sutilezas dos personagens, que só se apresentam por meios virtuais, criados em um universo feito de pixels, quase de gás (como delirou Artaud). Nada é certo ou palpável não há lágrimas, grandes amores, nem ódios, as emoções foram devidamente sublimadas, ou por outra, isso tudo está colocado em alguma “nuvem” com acesso garantido para quem tem as senhas corretas.Uma felicidade eterna e protegida como um “Starbucks” quente, suave, e gostoso, na dose certa.

 

Consumir ao extremo, em busca do equilíbrio, eis a dose! Não há crítica! No máximo talvez um estado de choque, um gesto paralisante e rarefeito, uma esquina, brilhante e mal iluminada, em que se encontra a morte de surpresa.Na qual convivem encontros e extremos de linhas, curvas, paralelas, cantos insolúveis disposições infindáveis.

 

 

Performance com Nando Lima

 

Roteiro - Cenografia - Iluminação - vídeo

Nando Lima

 

Desenho de Som

Leo Bitar

 

Pesquisa de músicas

Nando Lima

 

Fotos divulgação

Alexandre Sequeira

 

Recepção

Milton Aires

 

Produção

Estúdio REATOR

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